sábado, 4 de fevereiro de 2017

Hoje, o comum é estranho

Num mundo tão desumano, um gesto normal, solidário vira centro das atenções. O comum é estranho.
O ex-presidente Fernando Henrique, foi consolado em 2008 pelo então presidente Lula depois do falecimento de sua esposa, Ruth Cardoso.
Fernando Henrique, foi ao ex-presidente Lula, consola-lo pela perda de sua esposa, Dona Marisa Letícia.

O presidente Temer, foi consolar o Lula, num gesto de solidariedade humana pela perda de sua esposa.

Todos esses gestos, tão comuns em situação de luto, parecem extraordinários e inimagináveis, pois os personagens não estão em sintonia política. Que coisa estranha é essa que passa pela cabeça de tantos?

Para muitos é como se um adversário político não merecesse, nem no seu maior momento de dor, solidariedade, abraço e acolhida.

Triste ainda mais com os radicais, que fazem da morte de um ser humano, só por não pertencer ao universo de suas mesmas ideias políticas, algo desprezível. É como se a morte, para estes não alinhados, seja castigo para o inimigo e prêmio para suas mentes vazias.

Diante de tanta insensibilidade, convém perguntar: ainda somos humanos ou apenas animais travestidos de seres humanos?
Nossas atitudes ignorantes, intolerantes, brutas são contra os princípios da humanidade e sua constante evolução.

Crescemos muito em conhecimento, tecnologia e perdemos nossas almas na ignorância de um mundo tão moderno e tão atrasado.

Essa nossa forma isolada de viver, escondidos atrás de máquinas frias, onde vemos tantas pessoas, mas não as tocamos, não conversamos olhando no olho está nos atrasando.

É uma pena perceber que o que nos faz avançar rumo a tantas descobertas boas, também nos empurre para o isolacionismo e crie essa frieza nos nossos corações.

Estamos ganhando o mundo e nos perdendo como humanos.

Temos que rever essa tendência. Como num erro cometido, é necessário voltar ao ponto onde a falha aconteceu para corrigir o sistema.

Precisamos urgentemente investir mais na humanidade. Não podemos nos perder, haja vista sermos pessoas criadas do amor e para o amor de Deus.
Não nos calemos e não esfriemos nossos corações. Quando um abraço de solidariedade é algo tão estranho, quando deveria ser tão comum, é porque realmente estamos próximos e distantes.

Trabalhemos e lutemos por mais abraços entre amigos, por mais solidariedade, por mais espírito humano e por mais Deus em nossas vidas.


Marcos Filho

Você conhece o seu pior inimigo?

Não importa onde você esteja ou o que está fazendo, seu pior inimigo está sempre com você - seu ego. "Não é o meu caso", você p...