sábado, 28 de janeiro de 2017

No meu lugar

Hoje, o clima amanheceu gostoso
Cheirinho de chuva e de terra molhada
Levantei cedo e saí volteando pelos arredores da casa
Observando cada detalhe

Onde moro, ainda há o ar puro da natureza
Os pássaros gorjeiam alegremente
O homem do campo ainda cultiva a terra
Nos finais de tarde, o chocalho toca no recolher do gado

A cidade cresce, mudando essa linda paisagem natural
Casarões enormes tomam o espaço
Mesmo assim, aqui, entre a Vazante e sítio Ronca, há natureza
Há um quê coisa natural, de roça, de sertão

Me encontro com o Riacho do Machado
Está seco. O leito tomado por uma fina vegetação
Casas muito próximas são sinais de sua agonia
Sofrimento imposto pelo crescimento urbanístico da cidade

As águas que desciam caudalosas no seu leito e por aqui passavam
Foram barradas pelo Olho D’água para abastecer a população
É de serventia salutar ao povo varzealegrense
Mas, fica a saudade de suas cheias primorosas a encantar

A serra ao fundo, a carnaubeira, o cavalo se alimentando da relva
A gota d’água brilhante em contraste do verde do capim
O homem sertanejo sempre esperançoso trabalhando a terra
Tudo que nos alegra, vi hoje cedo no meu lugar.

Marcos Filho






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