Esse foi o ano de juntar os centavos e de fazer retalhos
políticos. A recessão provocou engessamento da atividade econômica gerando uma
massa de mais de 12 milhões de brasileiros desempregados.
Nos governos um festival de desgovernos que deu o tom desritmado
de Brasília a Várzea Alegre.
A fantasia que por um tempo encantou-nos como uma nação em
franca ascensão, mesmo diante do descompasso que já acompanhava as ditas nações
ricas e de primeiro mundo não demorou a virar farrapos.
A falta de trabalho e seus salários refletiu na vida dos
brasileiros ferindo nossa vaidade. Até nossa pequena Várzea Alegre chegou a
tempos dourados e acreditamos que éramos a cidade do futuro dessa região
caririense, mas não deu. A emoção durou como música apenas de refrão.
Caímos com o Brasil e com sua política administrativa de faz
de conta. A realidade que bagunçou a política nacional que fez dos ex-parceiros
Dilma e Temer inimigos ferrenhos até que um tomou o cargo do outro, também teve
sua versão varzealegrense, respeitadas as devidas proporções.
Aqui nas planícies das terras varzealegrenses, foi um pouco
diferente do show do planalto, mas, não deixou de ter semelhança. O prefeito Vanderlei
Freire e o ex-prefeito e compadre Zé Helder desceram na avenida política
desfilando por escolas diferentes.
Na gestão, Vanderlei sai pela porta dos fundos de uma
administração que sofreu os mais terríveis desgastes, em consequência de uma
crise que esvaziou os cofres públicos da casa verde.
Zé Helder volta já, já. Mas, também deve está assustado, sem
dúvida com o que virá pela frente. O cenário que irá pisar a partir de janeiro
de 2017 é mais realidade do que as fantasias dos tempos de suas duas bem-sucedidas
gestões. O povo aposta todas as fichas nele, credenciado por sua experiência
política.
2016 foi um ano que o povo se cansou da velha Câmara de Vereadores
e botou 12 para o banco de reservas para refletir sobre qual deve ser mesmo a
função do vereador. Novatos eleitos, uma vereadora remanescente e um cacique
que volta, falam assustados: Ah, temos que está ao lado e próximo do povo.
No comércio, algumas empresas não resistiram e saíram de
cena. Outras continuam remando, mas estão com braços cansados. A lógica do
governo não é nada franciscana. Com relação ao pagamento de impostos, no Brasil
e dando que não se recebe.
E para quem pensa que tudo muda da noite para o dia, em se
falando de virada do ano, muda mesmo apenas a data do calendário quando 31 de dezembro
de 2016 dará lugar ao 1º de janeiro de 2017. 2017, por sua vez promete ser mais
um ano nada fantasioso.
Marcos Filho