segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Nós os elegemos e nós os tiramos.

Nos últimos dias, após encerradas as eleições municipais, muitos têm sido os comentários e avaliação do processo eleitoral.
Fala-se claramente em “recado das ruas”, refletido nas urnas em alta soma de votos brancos, nulos e de pessoas que decidiram não votar.

O recada das ruas é importante para que os políticos meçam suas atitudes e condutas após a investidora do cargo público, seja na presidência da república, no senado, na câmara federal, nas assembleias legislativas, nas prefeituras ou nas câmaras de vereadores.

Onde a voz das ruas se fez mais forte foi na cidade de Várzea Alegre, atingindo em cheio a Câmara Municipal de Vereadores. De um total de treze vereadores da atual legislatura, dos que concorreram, apenas a vereadora do PC do B, Professora Dedê, conseguiu renovar o mandato.

O povo decidiu pela renovação de 92,30% dos parlamentares da cidade de Várzea Alegre.

Pois bem. Chega à Câmara Municipal, a partir de janeiro de 2017, nada mais, nada menos do que onze vereadores novatos. A população nutre a esperança de que esses parlamentares não estejam viciados pelo velho sistema político e deem mais atenção ao que realmente é de interesse público.

O vereador tem alta responsabilidade na condução administrativa da cidade, portanto, não pode ir para a Câmara Municipal apenas com a tarefa de defender ou acusar o governo.

A missão do parlamentar é sublime, tendo foco na fiscalização das ações da Prefeitura, zelando pela correta aplicação dos recursos municipais.

A premissa de fazer leis e acompanhar suas execuções pela administração é do vereador, não cabendo, pois, a esta autoridade o desleixo de deixar que o mal feito aconteça, ou que o que bom deixe de ser executado, pelo simples fato de ser da bancada da oposição ou da situação.

Na verdade, o vereador deve ser oposição a tudo que atente contra os direitos do cidadão e a favor de todas as ações que brindem a população com assistência e progresso da cidade.

O vereador deve participar das sessões da Câmara, mas não apenas das reuniões, deve sair ao encontro das comunidades, conversando sobre seus problemas e trabalhando pela solução dos mesmos.

Se trancar em um gabinete, rodeado de assessores, pode ser o sufocamento do mandato, já que a população deu seu recado.

Não quero entrar aqui no mérito financeiro das campanhas, já que há quem diga, que o dinheiro, ou poderio econômico exerceu influência na escolha dos parlamentares varzealegrenses. Quero centrar no ponto no qual o vereador deve estar atento ao seu papel, participando ativamente da vida administrativa da cidade.

Recomendo aos parlamentares varzealegrenses estarem sempre relembrando o recado que veio das ruas, refletido nas urnas: Nós os elegemos e nós os tiramos.

Marcos Filho


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