Nos últimos dias, após
encerradas as eleições municipais, muitos têm sido os comentários e avaliação
do processo eleitoral.
Fala-se claramente em “recado
das ruas”, refletido nas urnas em alta soma de votos brancos, nulos e de
pessoas que decidiram não votar.
O recada das ruas é importante
para que os políticos meçam suas atitudes e condutas após a investidora do cargo
público, seja na presidência da república, no senado, na câmara federal, nas
assembleias legislativas, nas prefeituras ou nas câmaras de vereadores.
Onde a voz das ruas se fez
mais forte foi na cidade de Várzea Alegre, atingindo em cheio a Câmara Municipal
de Vereadores. De um total de treze vereadores da atual legislatura, dos que
concorreram, apenas a vereadora do PC do B, Professora Dedê, conseguiu renovar
o mandato.
O povo decidiu pela renovação
de 92,30% dos parlamentares da cidade de Várzea Alegre.
Pois bem. Chega à Câmara
Municipal, a partir de janeiro de 2017, nada mais, nada menos do que onze
vereadores novatos. A população nutre a esperança de que esses parlamentares
não estejam viciados pelo velho sistema político e deem mais atenção ao que
realmente é de interesse público.
O vereador tem alta
responsabilidade na condução administrativa da cidade, portanto, não pode ir
para a Câmara Municipal apenas com a tarefa de defender ou acusar o governo.
A missão do parlamentar é
sublime, tendo foco na fiscalização das ações da Prefeitura, zelando pela
correta aplicação dos recursos municipais.
A premissa de fazer leis e
acompanhar suas execuções pela administração é do vereador, não cabendo, pois,
a esta autoridade o desleixo de deixar que o mal feito aconteça, ou que o que
bom deixe de ser executado, pelo simples fato de ser da bancada da oposição ou
da situação.
Na verdade, o vereador deve
ser oposição a tudo que atente contra os direitos do cidadão e a favor de todas
as ações que brindem a população com assistência e progresso da cidade.
O vereador deve participar das
sessões da Câmara, mas não apenas das reuniões, deve sair ao encontro das
comunidades, conversando sobre seus problemas e trabalhando pela solução dos
mesmos.
Se trancar em um gabinete,
rodeado de assessores, pode ser o sufocamento do mandato, já que a população
deu seu recado.
Não quero entrar aqui no
mérito financeiro das campanhas, já que há quem diga, que o dinheiro, ou
poderio econômico exerceu influência na escolha dos parlamentares
varzealegrenses. Quero centrar no ponto no qual o vereador deve estar atento ao
seu papel, participando ativamente da vida administrativa da cidade.
Recomendo aos parlamentares
varzealegrenses estarem sempre relembrando o recado que veio das ruas,
refletido nas urnas: Nós os elegemos e nós os tiramos.
Marcos Filho
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