terça-feira, 29 de novembro de 2016

A importância do vereador

Na cidade de Várzea Alegre, a composição da Câmara Municipal conta com treze vereadores.

Nestas eleições de 2016, cinco parlamentares não concorreram à reeleição, sendo que dois deles, saíram como candidatos a vice-prefeitos – Luiz do Conselho (PRB), compôs com o candidato derrotado Homero Fiúza (SD), e Dr. Fabrício (PV), venceu a eleição na chapa com Zé Helder (PMDB).

Motivos outros levaram figuras tarimbadas na política, como Galego de Celso, Antônio Sebastião e Chico Clementino a desistirem da disputa neste ano.

E dos veteranos que partiram para a disputa, a maioria amargou a decepção das urnas, com a população dizendo não à renovação de seus mandatos.

Até mesmo aqueles carregavam algum grau de certeza de que teriam o apoio do voto popular para voltar à Câmara foram surpreendidos com a revelação das urnas.

E a disputa pelo cargo de vereador na cidade de Várzea Alegre não foi fácil. Nada menos que 46 candidatos disputaram as 13 vagas, com uma média de 3,53 candidatos por uma vaga. Uma concorrência acirrada.

Neste meio, nesta luta, entre velhos e novos nomes, pessoas de diferentes acepções políticas, classe profissional e nível de instrução – Professor, engenheiro, médico, jornalista, políticos de carreira, advogados, semianalfabeto, entre outros.

Um fato concreto é que, nesse bolo todo, pouca gente escapou. O povo levou para as urnas e emplacará na Câmara Municipal de Vereadores a partir de primeiro de janeiro de 2017, 11 novatos, reconduziu um veterano e deu a oportunidade do segundo mandato para uma vereadora remanescente da atual composição legislativa.

O recado das urnas pela renovação, deixou um certo sentimento de desgosto para alguns veteranos que se debruçam em pensamentos, tentando entender o quadro.

Seria mesmo o desejo pela renovação? Ou seria o desgaste da classe política? Ou ainda o desprestígio do vereador? Ou seria a confusão de papeis que o eleitor faz quando pede ao vereador e não é atendido, pois não é sua função executar, mas legislar, apresentar propostas, torcer para que o executivo faça e fiscalizar as ações do poder executivo? As indagações são muitas e cada um se encaixa em situações diversas.

Pode ser, que depois de muita reflexão, cada um que concorreu e ficou sem mandato, encontre sua própria explicação para o fenômeno das urnas nestas eleições e decidam corrigir as rotas que os aproximem novamente dos eleitores e do sucesso nas urnas.

Os novatos já devem estar atentos a esse recado. Por essa razão, devem planejar o mandato em cima de propostas e não apenas ir à Câmara para o enfrentamento desgastante entre oposição e situação, com a máxima definida pela seguinte tarja: Se o meu grupo erra defendo o erro, se acerta enalteço o acerto; se o grupo opositor acerta, para mim está errado e se erra está mesmo condenado.

A perda de tempo com as querelas políticas atrasa o progresso das questões que de fato são importantes para a cidade e isso o cidadão já notou.

O vereador é uma figura pública com um mandato de quatro anos para mostrar ao povo que sua função vai além de indicar nomes de ruas ou títulos de cidadania. O vereador deve valorizar sua função, seu cargo, a Câmara e os colegas.

O vereador é o agente entre o povo e o prefeito, trabalhando suas causas comunitárias, solucionando os problemas do conjunto da população. Vai além. É o vereador os olhos do cidadão na aplicação dos recursos públicos, não permitindo que o cidadão seja lesado e tenha o patrimônio público prejuízo e o povo amargue a desgraça da falta de desenvolvimento da cidade e assistência ao cidadão.

Para o cidadão consciente, o vereador é tão, ou mais importante que o prefeito, dada a sua proximidade com o povo e seus problemas, sendo carreador das soluções, mesmo estando a caneta e autoridade para executar a ação nas mãos do prefeito.

O vereador é elemento social dos mais importantes e, percebendo sua influência no conjunto das transformações sociais, deve sair da mesmice e trabalhar, não apenas ao lado de um partido ou de um grupo político, mas ao lado do povo, dono do seu mandato, e por extensão dos mandatos do prefeito e do vice-prefeito.

Não deve ainda, o vereador buscar o isolamento, achando que a independência, o faz forte. Quem fortalece o parlamentar é o povo, são as boas ideias do grupo e o trabalho de interdependência que o faz homem urbano e social.

Marcos Filho





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