segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Avaliando a campanha

Terminou a refrega. O processo eleitoral que inaugurou nova forma em 2016, com 45 dias de campanha, intensificou a disputa e os candidatos correram contra o tempo para se apresentar ao público eleitor, utilizando os comícios, as reuniões nas comunidades, as caminhadas e tendo como palanque principal a rede social Facebook.

O candidato Homero Fiúza veio para sua segunda disputa, numa crise de liderança política dentro do grupo ao qual pertence, com o principal nome, João Eufrásio Nogueira somando rejeição à campanha.

O prefeito Vanderlei Freire, apesar do esforço, também somou à campanha a desaprovação do seu governo, o que elevou em 51%, de acordo com o IBOPE, a rejeição do candidato Homero.

O grupo de João Eufrásio Nogueira acumula quatro derrotas consecutivas – 2004, 2008, 2012 e agora em 2016. Mesmo assim, obteve votos dos eleitores mais identificados com a corrente política. Mas fica o recado de que precisa repensar suas estratégias e até recompor lideranças.

A queda na votação de Homero, mesmo com a soma de votos levados pelo prefeito Vanderlei, mostra que há algo a ser repensado dentro do grupo.

Fica certo que para o grupo de Homero ganhar força, tem que está mais presente em Várzea Alegre, atendendo seus correligionários, construindo novas lideranças.

Zé Helder, por outro lado, mostrou liderança e exímia articulação política, tendo construído seu palanque com as lideranças que sempre o apoiaram, inclusive, mantendo o líder Dr. Pedro Sátiro dentro do grupo, tendo este, participado ativamente da campanha.

O mote escolhido pela campanha de Zé Helder foi trabalhar em cima das falhas cometidas pela administração passada de João Eufrásio, da atual gestão de Vanderlei e a falta de experiência de Homero.  Mais uma vez a fórmula deu certo.

Agora, Zé Helder chega à prefeitura pela terceira vez, com um cenário político que vai exigir dele, capacidade para administrar, principalmente, abraçar todos os partidos políticos em número de treze, que formaram a coligação.

Zé Helder deve trabalhar para mostrar sua força como administrador, mas também solidificar ainda mais sua liderança e preparar o caminho do seu sucessor.

Terá que se alinhar com a Câmara Municipal, onde fez maioria mínima, ao eleger 7 vereadores de sua base política. Aliás, a Câmara Municipal sofreu forte renovação e apenas dois vereadores eleitos têm experiência legislativa: Professora Dedê, eleita para o segundo mandato, e Zé Batista, veterano que volta à Casa.

Mas, como falei num comentário no início da campanha que venceria o pleito quem melhor construísse articulações políticas. Os candidatos Zé Helder e Dr. Fabrício tiveram mais habilidade nesse quesito. Transcrevo trecho do artigo que escrevi em 24 de julho de 2016: “Agora, a vitória será daquele que melhor souber formar alianças e for mais articulado com o eleitorado. Logo a verdade das urnas, em 2 de outubro, dirá quem foi mais hábil”. Não é profecia é estudo.

Marcos Filho


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