Terminou a refrega. O processo eleitoral que inaugurou nova
forma em 2016, com 45 dias de campanha, intensificou a disputa e os candidatos
correram contra o tempo para se apresentar ao público eleitor, utilizando os
comícios, as reuniões nas comunidades, as caminhadas e tendo como palanque
principal a rede social Facebook.
O candidato Homero Fiúza veio para sua segunda disputa, numa
crise de liderança política dentro do grupo ao qual pertence, com o principal
nome, João Eufrásio Nogueira somando rejeição à campanha.
O prefeito Vanderlei Freire, apesar do esforço, também somou
à campanha a desaprovação do seu governo, o que elevou em 51%, de acordo com o
IBOPE, a rejeição do candidato Homero.
O grupo de João Eufrásio Nogueira acumula quatro derrotas
consecutivas – 2004, 2008, 2012 e agora em 2016. Mesmo assim, obteve votos dos
eleitores mais identificados com a corrente política. Mas fica o recado de que
precisa repensar suas estratégias e até recompor lideranças.
A queda na votação de Homero, mesmo com a soma de votos
levados pelo prefeito Vanderlei, mostra que há algo a ser repensado dentro do
grupo.
Fica certo que para o grupo de Homero ganhar força, tem que
está mais presente em Várzea Alegre, atendendo seus correligionários,
construindo novas lideranças.
Zé Helder, por outro lado, mostrou liderança e exímia
articulação política, tendo construído seu palanque com as lideranças que
sempre o apoiaram, inclusive, mantendo o líder Dr. Pedro Sátiro dentro do
grupo, tendo este, participado ativamente da campanha.
O mote escolhido pela campanha de Zé Helder foi trabalhar em
cima das falhas cometidas pela administração passada de João Eufrásio, da atual
gestão de Vanderlei e a falta de experiência de Homero. Mais uma vez a fórmula deu certo.
Agora, Zé Helder chega à prefeitura pela terceira vez, com
um cenário político que vai exigir dele, capacidade para administrar,
principalmente, abraçar todos os partidos políticos em número de treze, que
formaram a coligação.
Zé Helder deve trabalhar para mostrar sua força como
administrador, mas também solidificar ainda mais sua liderança e preparar o
caminho do seu sucessor.
Terá que se alinhar com a Câmara Municipal, onde fez maioria
mínima, ao eleger 7 vereadores de sua base política. Aliás, a Câmara Municipal
sofreu forte renovação e apenas dois vereadores eleitos têm experiência
legislativa: Professora Dedê, eleita para o segundo mandato, e Zé Batista,
veterano que volta à Casa.
Mas, como falei num comentário no início da campanha que
venceria o pleito quem melhor construísse articulações políticas. Os candidatos
Zé Helder e Dr. Fabrício tiveram mais habilidade nesse quesito. Transcrevo
trecho do artigo que escrevi em 24 de julho de 2016: “Agora, a vitória será
daquele que melhor souber formar alianças e for mais articulado com o
eleitorado. Logo a verdade das urnas, em 2 de outubro, dirá quem foi mais hábil”.
Não é profecia é estudo.
Marcos Filho
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