A eleição de um candidato pelo voto
popular se constitui no apogeu do processo democrático de uma nação.
Em cada ano eleitoral, quando nós,
povo brasileiro, vamos às urnas depositar nosso voto no candidato, aquele que
escolhemos para nos representar, seja como presidente da república, senador,
deputado federal, deputado estadual, prefeito ou vereador, estamos contribuindo
para o engrandecimento e fortalecimento da democracia.
A partir do nosso primeiro voto,
hoje facultativo aos jovens com 16 e 17 anos, ao último voto, também
facultativo aos idosos maiores de 70 anos, cada voto é para nós o sentimento do
cumprimento do nosso dever de cidadão.
É bem verdade e não acho correto
que o voto seja obrigatório no país. Porém é uma realidade que leva muitos
desalentados com o comportamento dos políticos às urnas, mesmo, defendendo, com
o voto nulo, o direito de não votar.
Assim como a democracia imprime a
liberdade de escolha, deveria também ser facultado ao cidadão o direito de não
votar, sem que a este seja imputado qualquer ato restritivo.
Porém, considero o voto poderosa
arma do cidadão consciente, que entende que é na política que repousa as
repostas para muitos dos cruciais problemas que nos afetam cotidianamente.
Saber escolher o candidato é saber
definir o que deseja o cidadão para sua comunidade. É o voto livre coluna
mestre da construção da democracia.
Esse voto ganha maiores contornos
de importância quando se trata das eleições municipais.
O município é base de todas as
políticas públicas, pois é nas comunas das grandes e pequenas cidades que os
cidadãos sofrem ou vivem alegremente as conquistas populares.
E o povo, o dono do voto, deve
valorizar esse instrumento sagrado, que uma vez depositado na urna, chancela os
nomes daqueles que nos representarão, em se tratando de municípios, nas
prefeituras e nas câmaras municipais, para depois podermos fiscalizar as ações
dos poderes executivo e legislativo.
É bem verdade que os vícios também
corroem o direito democrático do voto, quando, em fileiras e cegamente,
escolhemos nossos candidatos, não com base em critérios de propostas ou de vida
pregressa irrepreensível.
A grande maioria de nós
brasileiros, vota em grupos políticos, cujos agentes estão, quase sempre, em
busca apenas de poder e não de retribuir o voto com obras públicas de qualidade
ou com projetos que vejam a população de forma holística, e para esta população
devote a gestão.
Mas, ainda que com certas
desilusões, necessário é que acreditemos nas grandes transformações sociais que
nos levam a acreditar, mesmo que minimamente, na possibilidade dos homens
públicos passarem a respeitar o direito sagrado do voto, honrando os
compromissos com a população prolatados nos altos dos palanques ou nas visitas
aos palácios dos ricos e nas incipientes cozinhas das casas mais humildes.
Se o político precisa do cidadão e
do seu voto, o cidadão necessita do engajamento do político para valorizar a
democracia e cumprir com os compromissos que garantam melhores condições de
trabalho, emprego, saúde, lazer e educação para todos.
Portando, cidadão, caro eleitor,
faça suas escolhas de forma livre, aberta e não deixe de votar. O voto é a sua
grande arma para valorizar, de forma democrática, sem comportamento de cidadão.
Marcos Filho
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