quinta-feira, 30 de julho de 2015

Plano Safra destina R$ 689 milhões ao Ceará

Foi lançado ontem, no Ceará, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016, que disponibilizará, ao Estado, R$ 689 milhões para a assinatura de cerca de 140 mil novos contratos de financiamento de projetos da agricultura familiar e agroindústrias. O anúncio foi feito durante solenidade que contou com a presença do governador Camilo Santana e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, no Palácio da Abolição.
O Ceará é a primeira unidade da federação a receber o lançamento do Plano Safra Agricultura Familiar 2015-2016 – cujo valor total estabelecido para o País, anunciado pelo Governo Federal, em junho, é de R$ 28,9 bilhões para operações de custeio e investimento na agricultura familiar em todo o País. “Nós avançamos e temos os valores do Pronaf em 20%, os juros também foram mantidos abaixo da inflação”, destacou o ministro Patrus Ananias. As taxas do programa continuam negativas, variando de 2% a 5,5%, dependendo da região e do valor financiado.
Os recursos poderão ser contratados via programas como o Fundo Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fedaf), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além de outros programas, como o crédito fundiário da Caixa Econômica Federal, que já disponibiliza o montante de R$ 1,2 milhão para custeio de projetos produtivos. O pequeno produtor que se interessar pelo novo programa pode procurar a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) para receber orientações técnicas. Com o projeto pronto, ele deve buscar instituições como o Banco do Nordeste (BNB) ou o Banco do Brasil (BB) para se inscrever na linha de crédito.
Fonte: O Estado

Importância
“O Plano Safra prevê recursos garantidos, com juros subsidiados e negativos, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outros programas de crédito. Esse é um dinheiro que auxiliará os agricultores a comprar suas rações, animais, aparelhagens para produção de leite, comprar de veículos para ajudar a distribuir a sua produção. Tudo para que possa melhorar a produção agrícola e pecuária”, destacou o governador Camilo Santana.
Ele informou, também, que o Ceará é o primeiro estado do Nordeste a ter o maior número de agriculturas asseguradas e que começarão a serem pagas agora, com 320 mil agricultores cearenses beneficiados. Para o ministro, o pioneirismo cearense se dará inclusive nas questões agrárias de todo o Nordeste. “Os caminhos do Brasil passam pelo Ceará, que foi o primeiro estado que aboliu a escravidão. Por isso quero que o estado também seja lembrado, no futuro, por cumprir o princípio da função social da terra”, destacou Patrus Ananias. “Esse Plano Safra é mais um testemunho e exemplo de que não houve nenhum corte para o investimento na agricultura familiar, ao contrário, houve um aumento, com a disponibilização de 20% a mais de recursos”, ponderou Camilo Santana.

Ampliação
Além do crédito, o MDA vai ampliar os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no Estado. Ao todo, mais de 45 mil famílias de agricultores cearenses serão atendidos por mais de 900 técnicos. O Plano Safra também prevê chamadas de Ater para: 1,2 mil jovens; três mil agricultores que praticam agroecologia; e mais de seis mil famílias atendidas pela Ater Sustentabilidade.
“Vamos avançar, também, em assistência técnica, consolidando a agência nacional de assistência técnica e extensão rural, e avançar no cooperativismo, na agroecologia, produção de alimentos saudáveis, em quantidade e qualidade, que, efetivamente, promovam a saúde e a vida das pessoas. Além disso, vamos procurar sempre, em ações integradas com os governos estaduais, assim como estamos fazendo no Ceará, o apoio aos agricultores familiares no sentido de agregar valor aos seus produtos, como na agroindústria, acesso aos mercados”, acentuou o ministro Patrus Ananias.
Outras ações deverão ser implantadas no Estado
Os Programas de Alimentação Escolar (Pnae) e de Aquisição de Alimentos (PAA) vão comprar da agricultura familiar local mais de R$ 20 milhões. Além do valor, há ainda a estimativa de R$ 190 milhões destinados à compra da alimentação escolar no estado, sendo, no mínimo, 30% (R$ 56,9 milhões) da agricultura familiar. “Ampliamos não só o “Garantia Safra” – que é o pioneiro no número de assegurados –, mas também o crédito fundiário. O Plano Safra é a garantia de cidadania e sustentabilidade de nossos homens e mulheres que produzem os alimentos que vão à mesa dos irmãos cearenses todos os dias”, comentou Camilo.
Além do plano, foi assinado, também durante a solenidade, o Acordo de Cooperação Técnica, com a assinatura da Mensagem do Projeto de Lei de Territorialização. Foram entregues três escrituras públicas da terra, de forma simbólica, situada no município de Choró. O espaço, que compreende a Fazenda Lagoinha, financiado através do programa de crédito fundiário, conta com uma área de, aproximadamente, 1.565 hectares e atenderá 52 famílias que pertencem à Associação dos Produtores da Fazenda Lagoinha, beneficiadas com o acesso à terra por meio do Pronaf.
Também estiveram presentes os secretários Dedé Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Nelson Martins (Relações Institucionais), Hugo Figueiredo (Planejamento e Gestão), Juvêncio Vasconcelos (Procuradoria Geral), Miriam Sobreira (Políticas Sobre Drogas), além de deputados, vereadores e prefeitos.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

IDT capacitará 40 jovens em duas turmas em Várzea Alegre

IDT







O Instituto de Desenvolvimento do Trabalho – IDT, do Governo do Ceará, em visita a Várzea Alegre, informou que o município foi contemplado com o projeto Juventude Empreendedora, que deverá formar duas turmas, preparando 40 jovens para o mercado de trabalho.
Para a Secretária de Assistência Social de Várzea Alegre, Maria Valdinete, essa é uma oportunidade de melhorar a qualidade da mão de obra jovem do município.
Valdinete explicou que para os jovens interessados no projeto é necessário que estejam na faixa etária de 17 a 29 anos, com a renda per capta da família de meio salário mínimo, que estejam ou que tenham cursado o ensino médio em escola pública, que não estejam participando de nenhum outro projeto social, e que tenham tempo disponível no período de setembro a dezembro, transcurso da capacitação dos jovens.
A Secretária informou que pessoas que estejam capacitadas e sejam dinâmicas, podem entrar no site do IDT, a partir desta quarta-feira, e se cadastrarem para atuarem como Agente Social ou Monitores dos cursos. Selecionadas e contratadas pelo IDT, essas pessoas trabalharão nas secretarias do governo municipal na condução desses cursos que serão ministrados para as duas turmas de Várzea Alegre.
Representando o IDT no gerenciamento do JUVEMP, Suzana Cavalcante, informou que num espaço de 4 meses esses 40 jovens receberão capacitação para atuarem nas áreas de empreendedorismo social e gestão de negócios.
O Projeto Juventude Empreendedora é uma iniciativa que busca favorecer o desenvolvimento dos valores de responsabilidade social e da cultura empreendedora na formação dos jovens em situação de maior fragilidade social e econômica, visando sua integração na comunidade, na sociedade e no mercado de trabalho.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mudanças radicais


Causa comum do desaparecimento de muitas empresas do mercado é a perda de foco.
Muitas empresas já nascem sem foco. São abertas sem nenhum critério de avaliação do mercado, inclusive sem conhecer o perfil do cliente para o qual oferecerá seus produtos ou serviços.

Outras empresas até conseguem encontrar seu foco, seu nicho, seu público consumidor, mas, com o passar do tempo, mudam totalmente.

Essas mudanças radicais, que implicam na mudança de foco, também representam perda de clientes e dificuldades de atuação no mercado.

Conheço empresas que tinha uma excelente carteira de clientes, vendendo determinado tipo de produto, mas que, de uma hora para outra, resolveram radicalizar, trocando produtos populares por produtos de marca. O resultado foi desastroso.

Outras empresas que também tenho conhecimento, radicalizaram em reformas de suas lojas, que partiram de uma estrutura simples para estruturas tremendamente luxuosas. Essas também conseguiram espantar sua clientela.

Isso não teria ocorrido se os responsáveis por essas empresas conhecessem o perfil dos seus clientes e tivessem focado nestes. O que gera essa confusão numa troca de perfil, que resulta na perda de clientes, vem, na maioria das vezes, da mudança econômica que as empresas proporcionam com o passar dos anos aos seus proprietários e também na melhoria do seu próprio capital.

Cito aqui como exemplo, uma empresa que tem perfil para vender produtos populares, iniciada, com poucos recursos e os empresários lutando para sobreviver no mercado. Digamos que essa empresa, com o passar dos anos alcança sucesso, e os seus responsáveis conseguem melhorar o capital da empresa, e também melhorar suas finanças pessoais.

Ao melhorar suas condições financeiras pessoais, começam também mudanças comportamentais, frutos do trabalho e do dinheiro ganho. São novas roupas, carros, joias, casa nova. Coisas que o dinheiro pode oferecer.

Esses empresários que conseguiram mudar os seus perfis pessoais, começam também a implantar mudanças radicais nas empresas, trocando produtos mais baratos e de foco do público, por linhas mais caras, e até promovem mudanças estruturais nas lojas com alto grau de luxo que chegam a assustar.

O resultado disso tudo é que o público consumidor que era o foco, começa a avaliar que naquela loja não dá mais para comprar, e começa a procurar por outro fornecedor que atenda ao seu perfil.

E aí você pode questionar: É importante investir em melhorias na empresa, oferecer conforto ao cliente.

A resposta é que você tem razão. As mudanças são necessárias, mas devem estar de acordo com o perfil do seu cliente. Ofereça mais conforto e certamente você terá clientes ainda mais alinhados ao seu negócio. Mude radicalmente o seu negócio e arque com a perda de clientes.

O empresário tem que ter a consciência de que as mudanças que aconteceram em sua vida, proporcionada pelo resultado dos seus negócios, nem sempre acontecem na mesma proporção na vida dos seus clientes.

Se você passou de um pró-labore de R$ 1.500,00 para R$ 4.000,00 em um ano, o mesmo pode não ter acontecido com o seu cliente. Inclusive pode até acontecer dele ter perdido mais dinheiro ainda.

Também é importante que os empresários ouçam sempre os seus clientes na tentativa de manter-se na linha que tem levado a empresa ao sucesso. Nunca abandone seu cliente. Ele é a razão do seu negócio existir.

Leve em consideração o foco do seu negócio. As tomadas decisões para melhorias de sua empresa devem estar alinhadas ao seu público consumidor. Evite mudanças radicais.

Marcos Filho





sexta-feira, 17 de julho de 2015

Fazer o dever de casa

As pequenas, médias e grandes empresas que estão vivas e bem vivas no mercado, estão fazendo o dever de casa. Quem não consegue essa proeza, está passando por apertos, e muitas, fechando as portas.

E fazer o dever de casa é tarefa que exigi compromisso e esforço. Pegue como exemplo, o filho ainda criança, que ao chegar do colégio, tem a missão de estudar em casa as matérias recomendadas pelos professores. Muitos, se os pais não derem um empurrãozinho, não fazem nada. O resultado é desastroso. Acumulam-se as tarefas, o tempo é pouco, os estudos viram uma confusão, e ao final do ano, o estudante ou passa se arrastando ou fica para trás.

Não é diferente com as empresas. Deixar de realizar as tarefas necessárias diariamente pode comprometer todo o rendimento do negócio. O sucesso de uma empresa depende da harmonização do funcionamento de todos os setores.

A saúde financeira da empresa só estará realmente segura, se tudo andar em processos corretos. Vamos exemplificar com apenas três setores: Financeiro, compra e venda.
O financeiro fornece as condições de compra da empresa, que adquire os produtos, que passa para o setor de vendas, que gera recursos que alimenta o setor financeiro, formando um ciclo.

Quando um desses setores não consegue desempenhar com eficiência o que é de sua responsabilidade, gera o desequilíbrio do ciclo, comprometendo os resultados da empresa.

Mas, vamos ao dever de casa. Para que esse ciclo chegue ao final de um ano com sucesso são necessários esforços de acompanhamento, levantamento, pesquisa, avaliação de resultados, preparo de pessoal, estudo de mercado, entre outras atividades.

Essas tarefas, tais quais as passadas pelos professores aos alunos, são de imensa importância.

Atualmente, com mais acesso a informações, os empresários, especialmente os pequenos e médios empresários, estão numa corrida por informações sobre como gerenciar as suas empresas. Essa é uma ótima notícia. Isto significa dizer que estas pessoas querem que realmente suas empresas deem certo. 

Outro sinal dessa corrida pela informação é que, a gerencia de uma empresa baseada apenas na experiência de mercado, passa agora a buscar por conhecimentos que tornem o comando da empresa fundamentado em técnicas mais profissionais. E quando é possível aliar a experiência de mercado com novas técnicas de gerenciamento, essa empresa tem tudo para obter grande sucesso, ou implementar ainda mais sua atuação mercadológica, ganhando mais musculatura.

Existem no Brasil várias empresas prestando assessoria e consultoria, auxiliando as empresas no emprego de técnicas de administração, com conhecida eficiência. Um exemplo, especialmente para a pequenas e médias empresas, é o SEBRAE.

É importante para o empresário saber que, o conhecimento só não basta. É imprescindível que o conhecimento, uma vez adquirido, passe a ser aplicado no gerenciamento da empresa.

Geralmente, mudanças enfrentam resistências. Este é um dos primeiros desestímulos para que o dever de casa não seja feito. Mas, sabendo disto é claro esse problema será vencido.

Então. Se você deseja uma empresa de sucesso comece hoje mesmo a correr atrás de conhecimentos, e com novas técnicas à sua disposição, inicie por Planejar, Dirigir, Controlar e Agir. Isto é fazer o dever de casa.

Marcos Filho 


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Posts indevidos nas redes sociais podem ocasionar advertências e até justa causa

Hoje, com o uso das redes sociais, o cenário nas relações trabalhistas passa por mudanças, devido à tecnologia. A discussão sobre a liberdade de expressão nas redes e as demissões por justa causa cresce a cada dia nos tribunais. Para isso, o internauta deve ter de bom senso e atenção ao postar nas mídias.
Segundo Karina Kawabe, advogada da KLAW Advocacia Especializada, as citações que envolvem o ambiente de trabalho ou até mesmo a própria empresa nas redes sociais é uma ação que necessita de cautela. "Atentar contra à imagem, moral e reputação da empresa, declarar fatos falsos ou difamatórios contra a empresa ou superiores podem ensejar a justa causa imediata. Para não haver nenhum tipo de problema, uma grande saída é a política interna da empresa, com manual de boas práticas", sugere a advogada.
As leis trabalhistas asseguram as empresas de mencionar as condutas e posturas relativas ao uso das redes e da internet no contrato de trabalho ou no manual interno. Algumas possuem cartilhas e manuais de redação, com orientação aos colaboradores sobre menções e linguagem apropriadas e, ainda, palavras indevidas.
"O empregado nunca deve usar as redes sociais para mandar recados a superiores hierárquicos ou colegas de trabalho seja de forma subliminar, muito menos diretamente. Tal conduta pode ser prejudicial", afirma Karina.
A advogada dá algumas dicas para esse novo cenário no ambiente corporativo:

EMPRESAS:

Alertar a forma de uso da internet (política interna ou contrato de trabalho);
Vedar o acesso de sites não relacionados às atividades/funções do empregado;
Bloquear o acesso a referidos sites, se o caso;
Informar aos empregados o monitoramento de computadores (email e internet - jurídico e legalmente possível já que a máquina é instrumento de trabalho de propriedade da empresa);
Controlar e monitorar páginas corporativas em redes sociais (fun pages ou instagram) evitando posts que denigram a imagem da empresa e repercussões em massa com auxílio de assessoria de empresa e jurídico;
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EMPREGADOS:

Evitar o uso e interação nas redes sociais no ambiente de trabalho e no curso da jornada (curtidas ou posts são prova de que o empregado não estava dedicado às suas atividades profissionais);
Não misturar a vida pessoal com a profissional nas redes sociais (não raro empregados que estão a trabalho postam fotos como se estivessem se divertindo);
Interagir nas redes sociais sempre com bom senso;
Evitar grandes exposições em redes sociais (isso não é aconselhável em um novo emprego como fator de contratação ou manchar sua reputação e imagem perante seus chefes e colegas de trabalho);
Nunca usar as redes sociais para mandar recados a superiores hierárquicos ou colegas de trabalho seja de forma subliminar, muito menos diretamente;
Nunca fazer comentários ruins/pejorativos ou críticas em tom de desabafo contra sua empresa nas redes sociais;
Ter cautela nos likes das redes sociais especialmente àqueles que são feitos contra sua empresa, chefe ou superior;
Não manifestar excitação ou alegria quando alguém critica a sua empresa chefe ou superior.
Fonte: Administradores.com

30% dos deputados estaduais não cursaram faculdade



Um levantamento mostrou que dos 1.059 deputados estaduais eleitos em 2014 (incluindo os 24 deputados distritais), 30% (313) não cursaram faculdade. A pesquisa foi realizada pelo Uol e utilizou dados disponíveis pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Entre os que não possuem diploma superior, 4% (46) têm somente o fundamental e 0,5% (cinco) são alfabetizados, leem e escrevem somente. Outros 24% (253) fizeram só o ensino médio.

O estado que possui deputados com menor grau de instrução é Rondônia. Lá, dos 24 deputados estaduais, apenas sete (29%) têm o terceiro grau. Enquanto outros 11 (46%) parlamentares do Estado têm o ensino médio e seis (25%) têm somente o fundamental.
Já os estados com maior número de deputados que cursaram faculdade são o Piauí e o Espírito Santo. Os dois possuem 30 deputados, dos quais 26 têm diploma de curso superior. 

Em São Paulo, são 69 (73%) deputados com ensino superior, contra quatro (5%) que cursaram somente o fundamental. Outros 21 (22%) parlamentares paulistas possuem o ensino médio.

As assembleias são reflexo do próprio país. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 8% (16,4 milhões) dos 200 milhões de brasileiros cursaram alguma faculdade.

Fonte: Administradores.com

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A crise chegou! E agora?

Não é de hoje que o Brasil enfrenta uma grave crise político-econômica. Nada mais natural para uma nação que se redemocratizou há menos de trinta anos e ainda busca construir seus primeiros alicerces republicanos. Desde a época de Dom João, a incompetência e corrupção acompanham nossos governantes. Somando-se a isso uma conjuntura econômica internacional não tão favorável quanto já fora outrora, o resultado dessa equação não poderia ser outro, a não ser recessão, inflação e desemprego. Ou, no popular: “crise”.
A crise é um dos acontecimentos econômico-sociais mais democráticos que existem em uma sociedade. Pobres ou ricos, patrões ou empregados e também aqueles que perderam seus postos de trabalho, fato é: todo mundo reclama da tal crise. No entanto, apesar de todos os males que ela traz a reboque, precisamos tirar os ensinamentos necessários para que todas as tragédias que tem se abatido sobre nós não tenham ocorrido em vão.
Empresas fechando as portas, funcionários perdendo o emprego...Os efeitos são visíveis aos olhos de todos. O que precisamos analisar enquanto empresários e trabalhadores é nossa parcela de culpa em tudo isso. Até que ponto você ter que pedir falência da sua empresa é culpa da crise e até que ponto a culpa é sua? Será que o culpado da sua demissão foi realmente a situação econômica atual ou será que você não se qualificou o suficiente para manter seu cargo?
Evidentemente, é muito mais fácil colocar a culpa na Dilma, na crise, ou no que quer que seja, do que assumirmos nossa culpa no cartório. Ninguém gosta de pensar que é o responsável pelo fracasso de um negócio ou pela própria demissão. É muito mais cômodo colocarmos a culpa em alguém, assim, ela nunca será nossa.
Entretanto, uma das principais lições que esta crise tem nos ensinado é que devemos aproveitar a época das vacas gordas para nos preparar para as vacas magras, pois mais cedo ou mais tarde, elas chegarão.
Quem utilizou os recursos adquiridos com o bom desempenho econômico do Brasil há alguns anos para se preparar para o momento atual, está pronto para enfrentar a crise tanto em termos financeiros quanto de qualificação profissional. Já quem preferiu dormir sobre os louros da vitória pensando que a época de bonança duraria para sempre hoje está pagando - com juros e correção monetária - pelos erros do passado.
O mundo não vai acabar! Da mesma forma que depois da época de vacas gordas vem a de vacas magras, depois das magras, vacas gordas virão. Só espero que da próxima vez, você saiba aproveitar o período de bonança para se preparar para adequadamente para a próxima crise. Pois se existe uma certeza em se tratando de economia é que as crises acontecem periodicamente. Não podemos evitá-las. A única coisa que podemos - e devemos – fazer é nos preparar para elas.
Você está preparado? 
Fonte: Samuel Magalhães - Palestrante

terça-feira, 14 de julho de 2015

Brasileiros driblam a crise


A retração da economia mudou a vida dos brasileiros é o que conclui a pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular. Para 88% dos entrevistados a crise já afeta a vida pessoal. A frente dos demais países pesquisados, 88% também afirmam ter mudado de comportamento para reduzir custos. Desses, um grande volume, 90% disseram ter economizado nas contas de casa; 84% deixaram de comprar alguns produtos no supermercado e 84% cortaram gastos com lazer.

Para Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular, a existência da crise não é novidade. O diferente é que o brasileiro está aprendendo a se virar e fazer ‘bicos’. “Existe um Joaquim Levy (ministro da fazenda) na casa de todos”, diz Renato em referência a necessidade de fazer ajustes e cortes dentro dos lares. Em relação ao mundo, ele destaca que na América Latina a crise não é exceção é sim regra.

Este ano é de ajustes, seja nas contas do Governo, das empresas e do orçamento doméstico afirma o presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Allisson Martins. “As finanças das famílias estão seriamente prejudicadas, principalmente devido à inflação que retira o poder de compra da população, bem como a preocupação do desemprego”, analisa.

Neste cenário, famílias brasileiras mudam hábitos de consumo. Estão, por exemplo, comprando produtos de marcas mais baratas. “Além de serem as famílias que mais pechincham os preços dentre os países pesquisados”, ressalta Martins.

Shandra Sales de Aguiar, coordenadora do Núcleo de Educação do Consumidor e Administração Familiar da Universidade Federal do Ceará (UFC), destaca o princípio: “Quem não aprende com amor aprende com a dor”. Para a coordenadora essa mudança nos hábitos de consumo deveria ter acontecido normalmente se os brasileiros tivessem o costume de planejar suas finanças.

Pesquisa
O Data Popular entrevistou 2.644 pessoas de todas as classes sociais em cinco países: Brasil, Argentina, México, Chile e Uruguai. Considerou como classe alta quem ganha mais de U$ 50 por dia, classe média os que faturam mais de U$ 10 por dia e baixa menos que U$ 10.

Ceará
A situação tem refletido no cenário local e os cearenses estão indo em busca de renda extra. O empresário Waldeck Rocha, 44, para alavancar as vendas da sua marca de jeans, decidiu fazer do hobby de fotografar uma segunda profissão. Instalou um estúdio fotográfico próximo à loja para abastecer as redes sociais, estimular as vendas no atacado e lançar para o varejo. O local ainda abrigará uma empresa de montagem de sites. “É o laboratório para um novo empreendimento. A ideia é fazer sites e disponibilizar o estúdio para outras marcas de atacado”, diz.
Fonte: O povo

Como não desmotivar as pessoas?

Jim Collins, o mais respeitado pensador do mundo de management da atualidade e considerado o sucessor de Peter Drucker (ele escreveu os "Empresas Feitas para Vencer" e "Como as Gigantes Caem", entre outros best-sellers) afirma que a marca da mediocridade não é a falta de disposição de mudar. Para ele, a marca da mediocridade é a falta de consistência crônica. Ou você nunca parou para pensar sobre as histórias de sucesso que você conhece? A maioria das histórias de sucesso “da noite para o dia” são resultado de pelo menos 20 anos de empenho.
Ele chama atenção para o fato de que sempre que as pessoas começam a confundir a nobreza de sua causa com a sabedoria de suas ações - “Somos pessoas boas tentando realizar uma causa nobre e, portanto, nossas decisões são boas e sábias” -, podem se desviar mais facilmente de suas trajetórias. “Decisões ruins tomadas com boas intenções continuam sendo decisões ruins”.
Collins é categórico: “Nada grandioso acontece sem paixão e as pessoas certas exibem uma notável intensidade em suas paixões”. Ele afirma que podemos contratar pessoas boas e ensiná-las a vender, mas não podemos contratar vendedores e ensiná-los a ser boas pessoas. A questão do caráter pesa muito, mas principalmente o discernimento com relação às suas obrigações e responsabilidades. “As pessoas não têm empregos, elas têm responsabilidades”. E no futuro, esta será uma verdade cada vez mais presente no dia a dia das organizações sérias. Por favor, não pense que esta realidade está longe de você, porque ela pode estar sim muito mais próxima do que você imagina. Às vezes, é necessário também nos darmos uma chance para descobrirmos novas paixões.
Eu me lembro quando entrei na Editora Quantum para fazer a revista VendaMais - eu nunca tinha feito revista antes. E, confesso que voltei para casa com a nítida sensação de que não duraria mais que 60 dias lá. Era tudo muito novo, estranho e diferente. E as minhas ressalvas eram todas de origem psicológica. O medo do novo me fez acreditar, temporariamente, que aquilo não seria legal. Comecei a querer encontrar pelo em ovo. Mas a atividade foi mais forte. Os quase sete anos em que trabalhei naquela empresa foram motivo de muita felicidade e realização para mim e para a minha carreira. Aprendi a amar verdadeiramente cada indivíduo que trabalhou comigo. Eu me apaixonei tremendamente por aquilo tudo, e foi lá que eu descobri que era o momento de desmembrar a minha carreira para algo maior. Se eu nunca tivesse me dado esta oportunidade para o “amor”, não teria escrito este artigo, e você não o estaria lendo agora. Pense um pouco sobre isso. Afinal, toda ação corresponde a uma reação.
As excelentes organizações sabem com clareza a diferença entre seus valores essenciais, que são aqueles que nunca mudam, e as estratégias operacionais e práticas culturais, que se adaptam continuamente ao mundo em constante evolução. Se a meta não estiver em conexão com um profundo porquê, ela poderá ser boa, mas, em geral, não será a melhor.
Como é que se motiva as pessoas com a dura realidade dos fatos? A motivação não flui basicamente de uma visão forte? Para Jim Collins a resposta é não. Não porque a visão não seja importante, mas porque ele acredita que gastar energia tentando motivar as pessoas é, de modo geral, uma perda de tempo. “Se você tiver sucesso na implementação das descobertas, não precisará gastar tempo e energia motivando as pessoas. Se você tem as pessoas certas no barco, elas se automotivarão”. A verdadeira questão passa a ser: como é que se administra de forma a não desmotivar as pessoas? Um bom começo é contratando pessoas que sejam de fato apaixonadas ou possam se apaixonar, e por outro lado, escolhendo empresas para trabalhar onde você possa se sentir pleno em todos os sentidos: amar realmente o que faz e sentir que você e a empresa juntos podem contribuir de alguma forma para melhorar algum aspecto da sociedade em que vivemos.
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É fato que a solução para os problemas do mundo não está nas mãos de um governante e nem de uma empresa específica. Está nas mãos de todos nós, que precisamos alinhar nossos objetivos para que as coisas possam realmente acontecer com transparência, caráter e mudanças benéficas, que gerem o seu crescimento profissional, mas especialmente como ser humano.
Collins acredita que empresas excelentes e duradouras não existem meramente para gerar retorno para os acionistas. Na verdade, em uma empresa que realmente prime pela excelência, os lucros e o fluxo de caixa se tornam como o sangue e a água para um corpo saudável: são absolutamente indispensáveis à vida, mas não são a verdadeira razão da vida. Ele afirma que as empresas excelentes e duradouras preservam seus valores centrais e objetivos fundamentais, enquanto suas estratégias de negócios e práticas operacionais se adaptam infinitamente a um mundo em transformação. Esta é a combinação mágica entre “preservar o núcleo” e “estimular o progresso”.
Collins afirma que quando todas as peças se encaixam, não só o trabalho se movimenta em direção à excelência, mas também à sua vida. Isto porque, para ele, é impossível ter uma vida fantástica, a menos que ela seja significativa. E é muito difícil ter uma vida significativa sem ter um trabalho significativo.
Portanto, o grande desafio é você se envolver em alguma coisa com a qual você se importe a ponto de torná-la a melhor possível – não por causa do que você vai ganhar, mas simplesmente porque é possível atingir a excelência. E isso vai fazer os seus olhos brilharem e o seu coração sorrir.
Alessandra Assad
Alessandra Assad é formada em jornalismo, com pós-graduação em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica. De 2003 a 2009, atuou como diretora de Redação da revista VendaMais, a maior revista de vendas do Brasil e desde 2006 é sócia idealizadora da ASSIM ASSAD - Desenvolvimento Humano. É autora dos livros Atreva-se a Mudar! - Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos (Thomas Nelson), Leve o Coração para o Trabalho (Qualitymark) e A Arte da Guerra para Gestão de Equipes (apenas para comunidade Européia). Em 2014, teve seus três livros publicados na Europa pela Editora TopBooks Internacional.
Fonte: Administradores.com

Construção civil desacelera e eleva total de demissões

A construção civil foi um dos setores da economia que mais registrou fechamento de postos de trabalho no trimestre do ano encerrado em maio, com um total de 636 mil empregos formais (com carteira assinada). O desaquecimento da economia brasileira, a elevação dos custos do setor e a redução na procura por imóveis novos – principalmente devido à elevação dos juros para o financiamento da casa própria –, aliados à redução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Minha Casa, Minha Vida (MCMV), de infraestrutura e, também, da iniciativa privada (edifícios residenciais e comerciais), seriam os principais motivos que levaram a esta demissão em massa de operários do setor.
Os resultados negativos mais expressivos – de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) – foram registrados nas regiões Sul e Sudeste. Já no que diz respeito às regiões Norte e Nordeste os impactos foram menores, pois em ambas existem grandes obras de infraestrutura que continuam sendo executadas, como as construções das usinas hidrelétricas de Belo Monte e Girau, no Norte; e a transposição das águas do São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, no Nordeste. Estes empreendimentos utilizam um grande número de operários, tendo em vista serem de grande porte.

Confirmação
E esta situação foi confirmada pelos sindicatos laborais que realizam atividades de construção no Estado do Ceará (STICCRMF e Sintepav-CE), uma vez que conforme seus levantamentos, o Ceará não tem enfrentado casos de demissão de massa. As duas entidades realizam o acompanhamento dos canteiros de obras existentes em território cearense, além de realizarem as homologações de demissões de operários do ramo da construção civil. Segundo seus representantes, os casos registrados estão dentro da normalidade para uma categoria que emprega milhares de pessoas (veja box).
Apesar disso, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE), engenheiro André Montenegro, tem havido alguns volumes maiores de demissões em setores específicos, principalmente nas obras do Minha Casa, Minha Vida. “As demissões estão acontecendo no Estado, mas são setoriais, em especial nos canteiros de obras do MCMV. Entretanto, acredito que este volume deverá aumentar nos próximos meses deste ano, assim como em 2016. Afinal, não estão acontecendo muitos lançamentos por parte das construtoras, e se não ocorrerem novas obras, certamente acontecerá um número maior de dispensas”, destacou Montenegro.
Ele ressaltou, ainda, que por ser uma categoria bastante numerosa (dos operários), que costumam realizar uma grande rotatividade entre os canteiros de obras, fica muito complicado para o nosso sindicato ter um levantamento detalhado com relação às demissões no Estado. “São milhares de trabalhadores em nosso setor e, portanto, não temos como realizar um monitoramento do total de operários que são admitidos e demitidos todos os meses”, completou o presidente do Sinduscon-CE.
Sindicatos laborais minimizam situação
A diretora de fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado do Ceará (Sintepav-CE), Marta Menezes, dois dos três subsetores da construção apresentaram resultados positivos até maio último. Segundo ela, o serviço especializado para construção finalizou o período com saldo de 643 contratações, enquanto o de infraestrutura ficou com 144 admissões a mais do que demissões. “Hoje, temos muitas obras de grande porte em andamento no Estado, como a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Ferrovia Transnordestina, transposição do Rio São Francisco, dentre outras, mas em nenhuma delas foi detectado um volume grande de demissões”, disse.
RMF
Já para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Geraldo Magela, no Estado, principalmente na RMF, existe uma situação diferenciada em relação ao restante do País. “Do início do ano para cá, existiram alguns cortes nas obras do Minha Casa, Minha Vida e outras reduziram os números de trabalhadores. Mas, com relação às construtoras tradicionais, não temos visto grandes mudanças. No ano passado, de janeiro a dezembro, passaram pelo sindicato 15 mil trabalhadores, para homologar suas demissões. Este ano, como estamos na metade, foram cerca de sete mil. Então, o desemprego no nosso Estado não está tão alarmante. Não temos bola de cristal para prever o futuro, mas como as empresas têm procurado operários, achamos que nosso mercado deverá se recuperar nos próximos meses”, ressaltou Magela.
Fonte: O Estado

Mercado já projeta inflação de 9,12% para o fim deste ano

A projeção do mercado financeiro para a inflação, este ano, não para de subir. A estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu pela 13ª vez seguida e, desta vez, a projeção passou de 9,04% para 9,12%. Para 2016, no entanto, a estimativa teve duas leves reduções seguidas. A expectativa é que no final do próximo ano o IPCA fique em 5,44%, contra 5,45% previstos na semana passada, segundo informações do Boletim Focus, divulgado, ontem, pelo Banco Central (BC).
As estimativas para a inflação estão distantes do centro da meta que é 4,5%. Neste ano, a expectativa é de estouro até do teto da meta, 6,5%. O próprio BC projeta inflação em 9%. Para tentar frear a alta dos preços, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC tem elevado a taxa básica de juros, a Selic, que já foi elevada por seis vezes seguidas e o BC tem sinalizado que o ciclo de alta continua. A próxima reunião do comitê está marcada para os dias 28 e 29 deste mês. Atualmente, a taxa básica está em 13,75% ao ano e as instituições financeiras esperam que a taxa chegue a 14,5% no fim deste ano. Já no final de 2016, a Selic deve ficar em 12,25% ao ano. 
Recessão
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. A expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano, permaneceu em 1,50%. Para o próximo ano, a projeção é de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), mas de apenas 0,5%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 5%, contra 4,72% previstos na semana passada. Em 2016, a projeção de crescimento passou de 1,35% para 1,40%.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), que subiu de 7,42% para 7,51%, este ano. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), a estimativa passou de 7,32% para 7,42%, em 2015.
Fonte: O Estado

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